24/04/2017

O doutor precisa “vestir-se” de prefeito do Assu

Um irreparável prejuízo corrói o futuro de crianças e jovens do Assu – diante de uma gestão que não compreende o valor de um dia sem aula nas escolas –, e crianças e adultos vivem uma dramática agonia diária sem assistência médica em todo o município. Creio que basta citar essas duas questões
para que os cidadãos compreendam que de verdade o Assu oficial está paralisado, imobilizado e, pior, se deteriorando.

Mas, enquanto essa tragédia habita o dia-a-dia dos assuenses, o doutor e o seu irmão deputado estadual fazem política de forma primitiva, com falta de objetividade na discussão de planos e metas para o município, e com sobra de efeitos especiais capazes de superar Spielberg no Parque dos Dinossauros. Ou será que não é primitivo iniciar um ano letivo com falta de professores, transporte escolar e material didático; usar o plenário da Assembleia Legislativa do RN para uma fala-espetáculo para elogiar um doutor-prefeito por ter distribuído peixe na semana santa ou, ainda, soltar um carro de som nas ruas do Assu para zoar por toda uma manhã anunciando uma entrevista em uma rádio local.

É preciso refletir sobre a realidade assuense, em que o doutor eleito e empossado prefeito pede 180 dias de paciência. Agora imagine que 180 dias é igual a 6 meses ou o equivalente a 50% do primeiro ano do mandato. E aí surge a realidade que mais fere e mais dói: esse tempo não será recuperado.

Urge, portanto, lembramos que a criação do Escola Melhor, Remédio em Casa, Aluno Universitário, Centro de Controle de Zoonoses, Cultura na Praça, Praça Livre (Wi-fi), Centro de Especialidades Médicas, Guarda Municipal entre outros programas prometidos foram ótimos instrumentos de propaganda eleitoral e até fez uma massa maioritária acreditar nessa realidade, mas precisam sair da saga do retrovisor e virarem realidade. Está evidente que “descontruir” não basta. É preciso construir também.

Pois é, como o prometido não sai dos panfletos da propaganda política a cada dia a cidade incha e se entope de angustia e irritação haja visto já ter percebido que a proposta da gestão amparada no slogan: Gente Cuidando de Gente, não conferi no geral, apenas no particular. Assim, os problemas da cidade e os erros de gestão se acumulam, sem que o povo do Assu conheça iniciativas razoáveis por parte da gestão para resolver uns e corrigir outros.

O Assu precisa de pequenas coisas, começando pelo respeito, transparência e zelo para com a coisa pública. Mas, pede antes de tudo que o doutor “vista-se” de prefeito.

Por Alderi Dantas, 24/04/2017 às 00:10

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