05/10/2024

E se o Assu fosse nosso?

O discurso de Zaratustra, o pródigo e sábio filósofo de Nietzsche, é um banho de oxigênio para a decisão que devemos tomar neste domingo, 06/10/2024: “novos caminhos sigo, uma nova fala me empolga: como todos os criadores, cansei-me das velhas línguas. Não quer mais o meu espírito, caminhar com solas gastas”. O recado é oportuno, principalmente neste momento em que o eleitorado assuense vai as urnas definir os seus eleitos para Prefeitura e para a Câmara de Vereadores. O município não aguentará a partir de 2025 uma administração cansada.

Por isso, urge – quem vencer – usar novas solas para a caminhada a partir de 1º de janeiro. Quem ganhar a eleição deve entrar no jogo já tendo em mente que precisa inspirar, engajar, praticar a colaboração e dar respostas para o eco das pessoas, dos bairros e das comunidades.

Assu completará brevemente 179 anos. Já parou pra pensar se pudéssemos opinar e decidir sobre as políticas públicas para o velho município? Imagine como seria o Assu se em cada micro-ambiente municipal - regiões, bairros, repartições, classes, etc -, os atores decidissem (tratassem) suas prioridades?

No entanto, ao sumarizar tais visões através dos Planos de Governo das duas candidaturas a cadeira de prefeito do Assu e o que elas falaram nas caminhadas, entrevistas e sabatinas, roguemos que elas não traiam seus compromissos de fazerem uma cidade de direitos, em que a promoção da cidadania seja o princípio de todas as políticas públicas. De um lado, Lula Soares busque ouvir e refletir que o povo não admitirá que ele seja a mesmice perpetuada pela sua família ao longo de décadas na prefeitura; Já Vanessa tem como primeiro ensaio em uma vitória a tarefa de atenuar o pensamento que a verdadeira renovação na política não é a renovação de pessoas, é a renovação de práticas.

Porém, antes deles, seja você a dar o primeiro passo para um voto consciente: mais do que para quem, para onde você quer que seu voto vá? Para a Saúde? Para a Moradia? Para a Educação? Para a Mobilidade Urbana? Para a Segurança? Para a Sustentabilidade Ambiental? Para a Cultura? O voto é o primeiro instrumento que você tem para opinar, de fato, sobre os rumos que a cidade tomará nos próximos 4 anos, que dependendo da gestão pode influenciar nos próximos 40 anos. Portanto, é muito válido neste momento questionar: E se a cidade fosse nossa? E se o Assu fosse nosso? Se pudéssemos decidir as políticas públicas? O que escolheríamos?

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Por Alderi Dantas, 5/10/2024 às 14:35 - Foto: Reprodução 

Assu - Eleições 2024: quando 1 voto pode definir o resultado

Em 2020, a disputa municipal em Assú foi vencida pela chapa prefeito Gustavo Soares/Fabielle Bezerra, que superou Ivan Júnior/Eurimar Nóbrega por apenas cinco votos de maioria (16.823 contra 16.818 votos).

Em 2024, faltando cinco dias para as eleições, números da pesquisa TCM-TSDois revelou que quadro parecido se forma para esse domingo (6), data do novo pleito municipal. De um lado, a chapa governista com Lula Soares (Republicanos)-Isabela Morais (PT); do outro, o oposicionismo com Vanessa Lopes (UB)-Fabielle Bezerra (PP).

A pesquisa TCM-TSDois trouxe observações gerais que mostra muito bem que o Assu está rachado, sinalizando certa igualdade entre os números, com a ressalva de que há votos emotivos e racionais por toda parte de maneira que a eleição que foi decidida por 5 votos em 2020, poderá ser decidida agora em cores nítidas e vivas até o fechamento das urnas por 1 voto. Portanto, sem dúvidas, o domingo dos assuenses – dos dois lados – promete ser de fortes emoções.

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Por Alderi Dantas, 5/10/2024 às 10:18 - Foto: Reprodução 

15/09/2024

50 anos do Campus Avançado de Assú

Por Joacir Rufino de Aquino & Raimundo Inácio da Silva Filho - Professores e pesquisadores da UERN/Assú)

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) comemora, no corrente mês, o aniversário de 50 anos de existência de uma das instituições de ensino superior mais relevantes do interior do estado: o Campus Avançado de Assú (CAA).

O CAA foi criado em 20 de setembro de 1974 através do Ato Executivo de n.º 0007/74/CP/FURRN, durante o governo de José Cortez Pereira de Araújo, sendo o primeiro Campus da UERN instalado fora da sede no município de Mossoró. Desde então, sua trajetória foi sempre marcada pelo compromisso em prol da educação superior pública, gratuita e de qualidade.

Ao completar meio século, o CAA-UERN chega ao ano de 2024 mais fortalecido e estruturado, embora ainda carente de espaços físicos mais amplos. Atualmente, oferta cursos de pós-graduação e tem seu foco em seis Cursos de Graduação presenciais nas áreas de: Ciências Econômicas (bacharelado), Geografia (licenciatura), História (licenciatura), Letras Língua Portuguesa (licenciatura), Letras Língua Inglesa (licenciatura) e Pedagogia (licenciatura).

As atividades desses cursos são desenvolvidas e operacionalizadas por 60 professores entre efetivos e contratados e 29 técnicos efetivos e cedidos, que atendem 1.017 universitários/as, provenientes de mais de 30 municípios potiguares.

No decorrer de sua história, o CAA-UERN tem deixado um legado marcante, tendo formado cerca de 4.000 alunos. Note-se, também, que enquetes realizadas junto aos alunos regularmente matriculados no CAA mostram que o acesso à graduação, além de ampliar suas chances de inserção no mercado de trabalho, é um “divisor de águas” em suas vidas. Isto porque, na maioria dos casos, eles são os primeiros de suas famílias a terem acesso à Educação Superior.

Outro legado importante do nosso aniversariante é sua contribuição para a geração de novos conhecimentos. Todos os anos, dezenas de monografias e artigos científicos são produzidos sobre múltiplos aspectos da realidade social, gerando conhecimentos valiosos que podem ser utilizados para subsidiar políticas públicas.

Mas, apesar dos bons resultados alcançados até aqui, é preciso reconhecer que o CAA-UERN enfrenta muitos desafios. A criação de novos cursos de graduação tem sido uma demanda recorrente da população, bem como a necessidade de ampliação do quadro de professores efetivos concursados para fortalecer os cursos já existentes. De igual importância são as reinvindicações de nossos estudantes por avanços na infraestrutura. Dentre estas, vale citar a mobilização pela construção e implantação de um restaurante universitário e a melhoria das condições de acesso à internet no Campus, algo essencial para o bom desempenho das atividades de ensino e aprendizagem no período técnico-científico-informacional que vivenciamos.

Essas e outras demandas estão na ordem do dia e precisam ser atendidas por meio de recursos orçamentários que vão potencializar os trabalhos realizados. De fato, existem muitas justificativas para buscar novos investimentos estruturantes. A área geográfica onde o CAA está situado atravessa rápidas transformações socioespaciais e apresenta um grave déficit nos seus estoques de capital humano.

Apenas para ilustrar, as mais recentes estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualizadas em 15 de julho de 2024, indicam que em Assú, município polo regional, existem 45.432 pessoas aptas a votar no próximo mês. Desse total de eleitores, apenas 2.892 (6,4%) declararam que tinham o ensino superior completo.

Tal carência de formação superior, que provavelmente se repete nas demais localidades, sinaliza que o Campus Avançado de Assú (CAA) tem muito ainda a contribuir no presente e no futuro.

Portanto, ao comemorarmos o seu aniversário de 50 anos, compete-nos agradecer por seu papel fundamental na luta pela promoção do desenvolvimento sustentável do Vale do Açu e de sua área de abrangência territorial. Além disso, ficamos na torcida para que a sociedade e a classe política potiguar renovem o compromisso em defesa da valorização e fortalecimento dessa unidade estratégica da UERN, que já mudou para melhor a vida de muita gente e vai continuar mudando.

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Postado em 15/09/2024 às 12:00 - Artigo originalmente publicado  no jornal O Mossoroense (11/09/2024)

13/09/2024

Campus da Uern Assú comemora 50 anos

Há quase cinco décadas, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) iniciava seu processo de expansão com a criação, em 20 de setembro de 1974, do Campus Avançado de Assú.
Com o Ato Executivo de Nº 0007/74/CP/FURRN, a Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte expandia seu alcance para várias regiões potiguares.

A criação ocorreu na gestão da reitora Maria Gomes (In Memoriam) e do presidente da Furrn, Francisco Canindé Queiroz e Silva (In Memoriam). Alguns meses depois, em março de 1975, na Escola Estadual Tenente Coronel José Correia, iniciava o funcionamento, ainda que provisoriamente, do Campus Assú da Uern, tendo o cirurgião-dentista e professor Benvenuto Gonçalves Neto como primeiro diretor, permanecendo no cargo até 1985.

Programação

16 de setembro
Aula Inaugural – Reapresentação Histórica
Programa 50 anos do Campus Assú
Horário: 19h30
Atração Cultural: Filarmônica Maestro Cristóvão Dantas
Local: Auditório Uern Assú

17 de setembro
Sessão Solene da Câmara Municipal de Assú
Horário: 19h30
Local: Auditório Uern Assú

18 de setembro
Ato Ecumênico
Horário: 19h30
Local: Auditório Uern Assú

19 de setembro
Sessão Solene da Academia Assuense de Letras (AAL)
– Descerramento de Placa Homenagem da AAL
– Lançamento do livro “Reflexões sobre socioeconomia e meio ambiente do Vale do Açu (RN)”, autorias de Joacir Rufino de Aquino e Raimundo Inácio da Silva Filho
– Exposição de livros – Editora Sebo Vermelho
Horário: 19h30
Atração Cultural: Carlos Zens & Choro do Caçuá
Local: Auditório Uern Assú

20 de setembro
Mesa Redonda “50 anos: história e memória”
Plantio da Árvore do Cinquentário
Horário: 9h
Local: Escola Est. Ten. Cel. José Correia

Assembleia Universitária
– Homenagens
– Descerramento de Placa 50 anos Uern Assú
Horário: 19h30
Local: Auditório Uern Assú

Por Alderi Dantas, 13/09/2024 às 15:33 - Foto: Alderi Dantas

11/09/2024

Potiguares medalhistas dos Jogos Paralímpicos de Paris recebem homenagem do Governo do RN

A governadora Fátima Bezerra recebeu nesta quarta-feira (11), no auditório da Governadoria, potiguares medalhistas dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. A agenda homenageou três paratletas que contribuíram para a melhor campanha da história do Brasil em competições paralímpicas.
Foram homenageados Arthur Silva, medalhista de ouro na categoria até 90 kg da classe J1 do judô, Thalita Simplício, medalhista de prata nos 400 m T11 do paratletismo, e Maria Clara Augusto, também do paratletismo, medalhista de bronze nos 400 m T47.

Os paratletas brasileiros bateram o recorde de medalhas de ouro, com 25, ultrapassando as 22 conquistadas em Tóquio 2020.

Em Paris, na 17ª edição dos Jogos Paralímpicos — realizados entre 28 de agosto e 8 de setembro de 2024 — o Brasil alcançou o 5º lugar no quadro geral de medalhas. Ao todo, os brasileiros conquistaram 89 medalhas, superando o recorde anterior de 72 medalhas obtido nos Jogos de Tóquio 2020 e no Rio 2016.

O Rio Grande do Norte teve 14 paratletas em Paris. Ao todo, seis deles receberam medalhas. Além dos atletas homenageados, Cecília Araújo conquistou a medalha de prata na natação, na prova dos 50 metros livre da classe S8. O judô potiguar ainda rendeu mais uma medalha, com Rosicleide Andrade garantindo o bronze. No goalball, Romário Marques completou o pódio potiguar com o bronze, representando a seleção brasileira.

Por Alderi Dantas, 11/09/2024 às 20:05 - Foto: SecomRN

09/09/2024

Ministro dos Transportes garante entrega de obras da Reta Tabajara em setembro

O ministro dos Transportes, Renan Filho, visitará o Rio Grande do Norte no dia 24 de setembro para entregar as obras da Reta Tabajara, na BR-304, e lançar a licitação do projeto da travessia urbana de Macaíba. O anúncio foi feito após uma reunião em Brasília com a governadora Fátima Bezerra e representantes do ministério na semana passada.

Segundo o ministro, o projeto da travessia urbana de Macaíba facilitará o acesso ao Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante. “Concluímos as obras da Reta Tabajara e vamos publicar o edital de licitação da travessia urbana de Macaíba, com expectativa de iniciar as obras ainda neste segundo semestre”, afirmou Renan Filho.

Durante o encontro, também foi discutido o projeto de duplicação da BR-304, incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3). A rodovia, que conecta Natal à divisa com o Ceará, terá a licitação para sua duplicação lançada ainda neste segundo semestre, com previsão de início das obras no primeiro semestre de 2025.

Por Alderi Dantas, 09/09/2024 às 18:45 - Foto: Sandro Menezes

01/09/2024

As redes antissociais mataram a verdade

Por Marcus Aragão, @aragao01

Muito já se ouviu falar que estamos na era da pós-verdade. Mas o que isso significa? Trata-se de um tempo em que os fatos, a verdade, perderam importância. Ou seja, estamos vivendo na era da mentira. Presenciamos debates intermináveis nas redes sociais, onde qualquer fato pode ser desconstruído por meio de narrativas. Tanto a direita quanto a esquerda estão 100% convictas de que detêm a razão — o que, por si só, é impossível. Fake news e desinformação sempre existiram, mas com a ascensão das redes sociais, esse movimento sepultou a verdade.

Um artigo de opinião publicado no New York Times, intitulado “The Age of Post-Truth Politics” [A era da política da pós-verdade], argumentava que a própria democracia está em risco, pois os fatos “perderam a capacidade de gerar consensos”. O New Yorker analisou “Why Facts Don’t Change Your Mind” [Por que os fatos não fazem você mudar de ideia], e então veio a capa da revista Time, com uma única pergunta em letras vermelhas sobre um fundo preto, que parecia resumir o pânico moral do nosso crescente caos atual: “Is Truth Dead?” [A verdade está morta?].

Vamos entender como funciona a desconstrução da verdade. Quem iniciou uma campanha para implodir a verdade de forma profissional, estruturada e metódica foi a indústria do tabaco nos EUA, na metade do século passado. Diante de pesquisas científicas que acusavam o cigarro de provocar câncer e doenças no coração, eles arquitetaram uma brilhante e maquiavélica estratégia de relações públicas para manipular a opinião pública. O sucesso dessas táticas criou um modelo para outras indústrias, bem como para grupos políticos, que adotaram abordagens semelhantes para proteger seus interesses.

A base da manipulação residia na criação de dúvida científica. A estratégia central da indústria do tabaco foi semear incertezas sobre a conexão entre tabagismo e doenças. Utilizando uma técnica chamada de “fabricação de incerteza”, eles, em vez de refutar diretamente as descobertas científicas, buscavam criar a percepção de que a ciência não era conclusiva e que mais pesquisas eram necessárias — o objetivo era “manter a controvérsia viva”.

Patrocinaram campanhas de relações públicas e publicidade utilizando médicos e influenciadores que defendiam que o risco era exagerado; realizaram lobby político e legal para influenciar legisladores e evitar a implementação de regulamentações rigorosas; e passaram a desacreditar diretamente os cientistas que conduziam pesquisas antitabaco, sugerindo que suas conclusões eram motivadas por interesses pessoais ou falta de rigor científico.

Essa estratégia de relações públicas foi incrivelmente eficaz em retardar a regulação do tabaco e em manter o consumo elevado por décadas. Como resultado, milhões de vidas foram perdidas devido a doenças relacionadas ao cigarro, mesmo após as evidências dos perigos serem amplamente conhecidas.

Pronto. Já temos a base da desconstrução da verdade. Agora, com a utilização das ferramentas dos algoritmos, potencializamos sua disseminação e estimulamos a hiperpolarização. Quem ganha com isso? As redes sociais, pois o engajamento aumenta mais com o fortalecimento do extremismo das opiniões. A raiva e a indignação mobilizam muito mais. Mas como isso acontece?

Um bom exemplo são as “bolhas de filtro” e as “câmaras de eco” das redes sociais. O termo “bolhas de filtro” refere-se ao fenômeno em que os algoritmos das redes sociais e motores de busca personalizam o conteúdo exibido aos usuários com base em suas preferências e histórico de navegação. Isso cria uma “bolha” de informações em que os indivíduos são expostos apenas a opiniões, notícias e conteúdos que confirmam suas crenças e interesses pré-existentes, enquanto outras perspectivas são filtradas ou minimizadas.

Essa filtragem algorítmica reforça crenças e atitudes, isolando as pessoas em seus próprios mundos informativos e limitando o acesso a diferentes pontos de vista. Como resultado, as bolhas de filtro contribuem para a polarização social e para a disseminação de desinformação, já que os usuários têm menos probabilidade de encontrar informações que desafiem suas opiniões.

As “câmaras de eco” surgem quando as pessoas interagem principalmente com aquelas que compartilham visões semelhantes, seja por escolha pessoal ou devido aos algoritmos das plataformas online que promovem conteúdo similar ao que os usuários já demonstraram interesse. Isso cria um ciclo de autoafirmação, onde as opiniões de um grupo são amplificadas e divergências ou informações conflitantes são minimizadas ou ignoradas. Vamos analisar alguns dos efeitos mais preocupantes da ação dos algoritmos.

A desumanização do “outro”: Nas câmaras de eco, o “outro”, ou aqueles que pensam de maneira diferente, são frequentemente retratados de forma negativa ou até desumanizada. Esse processo facilita a disseminação do ódio e da intolerância, pois torna mais fácil justificar a discriminação, o preconceito e até a violência contra aqueles que são vistos como adversários.

A disseminação de desinformação e teorias da conspiração: As bolhas de filtro também facilitam a disseminação de desinformação e teorias da conspiração, que muitas vezes servem como combustível para o extremismo. Quando as pessoas têm acesso apenas a informações que reforçam suas crenças, mesmo que essas informações sejam falsas ou enganosas, elas são mais propensas a acreditar e agir com base nelas.

Recrutamento para grupos extremistas: Grupos extremistas utilizam as câmaras de eco para identificar e recrutar indivíduos que já demonstram predisposições para visões radicais.

O surgimento de grupos neonazistas, extremistas e outros movimentos radicais pode ser visto como uma consequência direta dessas dinâmicas nas redes sociais. Estudos e relatórios de organizações como o Center for Countering Digital Hate e a Anti-Defamation League confirmam que as redes sociais têm desempenhado um papel significativo na radicalização online, destacando a necessidade urgente de abordar essas questões para mitigar os efeitos nocivos das bolhas de filtro e câmaras de eco.

Enquanto grupos políticos, indústrias e as redes sociais lucrarem com esse modelo de negócio, não vejo perspectivas de uma melhoria a curto prazo. Enquanto isso, nos viciamos com a liberação de dopamina a cada curtida e comentário favorável ao nosso ponto de vista — nos prendendo numa imensa teia de (des)informação.

Entender como funciona a estrutura da manipulação pode ser o início do renascimento da verdade.

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Postado em 1/09/2024 às 12:00 - 
Artigo originalmente publicado  na Tribuna do Norte (1/09/2024)


30/08/2024

Governo do RN autoriza construção de acesso rodoviário ao futuro Santuário Irmã Lindalva

A governadora Fátima Bezerra assinou nesta sexta-feira (30) a ordem de serviço para a construção do acesso rodoviário a área projetada para ser o Santuário Irmã Lindalva, em Assu, na micro região Vale do Açu. A expectativa é que as obras sejam iniciadas em setembro, com um valor previsto de R$ 6,5 milhões e prazo de execução estimado em seis meses.

O projeto prevê a pavimentação de uma estrada de 5,1 quilômetros de extensão, ligando o entroncamento da BR-304 a comunidade Sítio Malhada da Areia. A nova via facilitará o acesso ao espaço destinado à memória da freira Lindalva Justo de Oliveira.

Segundo a governadora Fátima Bezerra, a construção da estrada é um importante passo para fortalecer o turismo religioso na região. “Esta estrada, que levará o nome de irmã Lindalva, carrega o simbolismo da história da beata. Uma estrada que vai fortalecer a fé do nosso povo, fomentar o turismo religioso e, com isso, promover o desenvolvimento de Assu e de toda a região”, disse.

Nascida em 20 de outubro de 1953, em Assu, a Lindalva fez parte da Irmandade Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Ela foi assassinada em 1993, em Salvador (BA), e, em 2007, foi beatificada — considerada uma mártir pela Igreja Católica. Atualmente, o processo de santificação da potiguar está em curso no Vaticano.

Por Alderi Dantas, 30/08/2024 às 21:19 - Foto: Reprodução

22/08/2024

Nove municípios do RN vão ter candidaturas únicas nas eleições municipais de outubro

Dos 167 municípios do Rio Grande do Norte, nove terão candidatura única para a Prefeitura. De acordo com os dados da Justiça Eleitoral: Acari, Coronel João Pessoa, Frutuoso Gomes, Lucrécia, Pilões, Rafael Godeiro, Riacho da Cruz, São José do Seridó e Serrinha dos Pintos só terão um nome na disputa.

A legislação brasileira não tem nenhum dispositivo específico dispondo sobre candidatura única e não condiciona a validade da eleição a um determinado percentual de comparecimento do eleitorado apto a votar. Nos municípios com candidato único, apenas um voto válido pode eleger prefeito e vice.

Em Acari, a única candidatura registrada foi de Fernando Bezerra, atual prefeito e que vai buscar a reeleição pelo Podemos. O mesmo acontece em Coronel João Pessoa onde Fátima Costa disputa a reeleição pelo União Brasil.

Em Riacho da Cruz, no Oeste potiguar, Marcos Aurélio, do PP, disputa a reeleição sozinho. Ele terá como vice, mais uma vez, Borracheiro, do PL. Em São José do Seridó, Jackson Dantas, do MDB, será o único na disputa pela Prefeitura e buscará a reeleição junto ao seu vice, Ricardo Medeiros, do PL.

Em Frutuoso Gomes, no Alto Oeste potiguar, Ismael Juvêncio será o único candidato na disputa, pelo MDB. A prefeita Janda Jácome, do mesmo partido, já estava reeleita e não teria o direito de ingressar na disputa.

Em Lucrécia, Waltinho será o único nome na disputa, pelo PP. A prefeito Ceição Duarte, que já estava reeleita, não vai para disputa, nem a sua vice, Dedete.

No município de Pilões, Dr. Sabino, reeleito, não vai disputar o pleito. A única candidata será Lena de Céu, do MDB. Já em Rafael Godeiro, a prefeita eleita Keké de Dr. Abel Filho, não será candidata. Quem vai sozinha para a disputa é Ludmila Amorim, do MDB, que tentou disputar a eleição de 2020, mas foi considerada inapta pela Justiça Eleitoral.

Em Serrinha dos Pintos, Rosânia, do União Brasil, estará ao lado de Fabrício, também do União Brasil, como única postulante à sucessão de Bárbara Teixeira, que não disputará a reeleição.

Por Alderi Dantas, 22/08/2024 às 20:56 

15/08/2024

Eleições 2024: campanha eleitoral começa nesta sexta (16)

A partir desta sexta-feira (16), inicia-se o período de veiculação de campanhas para as eleições municipais de outubro, marcando o primeiro pleito no Brasil influenciado por tecnologias avançadas de inteligência artificial (IA), capazes de criar imagens e sons altamente realistas.

Diante da falta de regulamentação específica sobre IA no país, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) antecipou-se e estabeleceu novas diretrizes para o uso dessa tecnologia nas campanhas. De acordo com as regras aprovadas, todo “conteúdo sintético multimídia” gerado por IA deve incluir um aviso claro sobre sua natureza, independentemente do formato da propaganda.

A resolução eleitoral prevê que qualquer material publicitário que não cumpra essas normas pode ser removido, tanto por ordem judicial quanto por iniciativa dos próprios provedores de serviços de comunicação.

Por Alderi Dantas, 15/08/2024 às 21:06 - Fotos: Reprodução

06/08/2024

Uern Assu sedia debate sobre Orçamento Participativo do RN

O Governo do Estado do RN deu início na segunda-feira, 5, às atividades do Orçamento Participativo do Rio Grande do Norte (OP/RN) deste ano. O OP/RN é um processo pelo qual a população decide, de forma direta, a aplicação dos recursos em obras e serviços que serão executados pelo Governo.

Nas plenárias regionais, que serão realizadas presencialmente em 5 territórios, nas conhecidas cidades-pólos, e pelo aplicativo “RN Participativo”, desenvolvido pela Mobby Cidade, a população elege as prioridades de investimentos, seus conselheiros, e define o número de delegados da cidade para os seus respectivos fóruns regionais e grupos de discussões temáticas.

No total, serão 30 prioridades que terão 0,5% do Orçamento Geral do Estado em 2025, perfazendo cerca de R$150 milhões a serem investidos em obras e serviços de diversos órgãos, tornando-os políticas públicas estaduais.

Além disso, a programação do OP/RN deste ano contará com uma feira de serviços antes das plenárias iniciarem. Este ciclo de atividades, chamado RN com a Gente: cidadania, participação, inclusão e desenvolvimento sustentável, contará com diversos serviços e ações do Governo do Estado e parceiros.

Em Assu, as atividades acontecem nesta quarta-feira, 7, das 8h às 14h, no Campus da UERN.

Por Alderi Dantas, 6/08/2024 às 13:51 - Fotos: Alderi Dantas

05/08/2024

Convenção homologa chapa Vanessa e Fabielle para disputa à prefeitura do Assu

A ex-primeira dama Vanessa Lopes (União Brasil) e a atual vice-prefeita Fabielle Bezerra (Progressistas) tiveram as candidaturas oficialmente homologadas na sexta-feira, 2, na disputa à prefeitura do Assu nas eleições de 2024.

Elas representam o atual grupo oposicionista na política assuense, que teve na eleição passada o ex-prefeito Ivan Júnior – esposo de Vanessa – na disputa em um pleito que foi finalizado com 5 votos de maioria para o candidato à reeleição Gustavo Soares e Fabielle, vice. Ela que hoje está de volta ao grupo onde nasceu politicamente e novamente na posição de candidata a vice.

“As meninas” como estão sendo chamadas Vanessa e Fabielle nas rodas políticas entram na disputa com o desafio de vencer o candidato de uma família que aprofundou raízes na prefeitura do Assu com Edgard Montenegro (4 anos de prefeito), Ronaldo Soares (14 anos), José Maria (8 anos), Lourinaldo Soares (4 anos), Gustavo Soares (8 anos) e que luta para permanecer no poder com o primo do atual prefeito, o odontólogo Luís Eduardo Soares.

Por Alderi Dantas, 5/08/2024 às 15:33 - Fotos: Reprodução

04/08/2024

Próximas gerações versus próximas eleições

Por Vagner Araujo (@fvagner) - ex-secretário de Planejamento e Finanças do RN

O que não faltam são políticos dizendo que não estão preocupados com as próximas eleições, mas sim com as próximas gerações. Infelizmente, a realidade mostra o contrário. Gestores e políticos focam em obras e projetos de curto prazo, que causem efeito antes das próximas eleições. Medidas necessárias e às vezes indispensáveis para a responsabilidade fiscal, fundamentais para as próximas gerações, são deixadas de lado por medo de prejudicar o desempenho nas próximas eleições.
Essa visão pequena tem consequências graves. Obras estruturantes que poderiam trazer benefícios a longo prazo mas que requerem estudos, projetos, desapropriações, licenciamento e alocação de financiamentos, são negligenciadas. Esses processos são demorados e, por não trazerem resultados imediatos dentro de um único mandato, acabam sendo evitados.

Essa lógica política atual, carente de um mínimo espírito público, se transforma em um entrave ao desenvolvimento. Obras mais complexas, como saneamento básico, que demandam tempo e planejamento, terminam não sendo realizadas. Gestores preferem focar em iniciativas que ‘caibam’ dentro de seu mandato, ignorando as necessidades de longo prazo. Esse ciclo vicioso perpetua uma série de problemas crônicos que poderiam ser resolvidos com planejamento e visão estratégica.

A responsabilidade fiscal é outro exemplo clássico. Medidas impopulares, mas necessárias para garantir a saúde financeira de um município, são frequentemente evitadas. Políticos temem que a adoção de tais medidas possa prejudicar suas chances de reeleição. No entanto, a falta de responsabilidade fiscal pode levar a crises financeiras e sociais no futuro, impactando negativamente as próximas gerações.

Além disso, a falta de investimentos em infraestrutura de longo prazo, como estradas, pontes e sistemas de transporte público, também impede o desenvolvimento econômico sustentável. Essas obras não só melhoram a qualidade de vida dos cidadãos, mas também atraem investimentos e geram empregos. No entanto, a sua execução demanda tempo e recursos que muitas vezes não se alinham com os ciclos eleitorais.

Para mudar essa realidade, é essencial que a sociedade civil e as instituições exerçam uma vigilância ativa e cobrem dos gestores públicos uma postura mais responsável e comprometida com o futuro. A educação política da população também é fundamental para que eleitores compreendam a importância de projetos de longo prazo e não se deixem influenciar por promessas eleitorais imediatistas.

A política voltada apenas para as próximas eleições em detrimento das próximas gerações é um dos maiores desafios para o desenvolvimento sustentável de um município. É urgente uma mudança de paradigma, onde o interesse público e o bem-estar das futuras gerações sejam colocados acima dos interesses eleitorais imediatos.

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Postado em 4/08/2024 às 12:00 - 
Artigo originalmente publicado  na edição 1.878 do AGORARN

01/08/2024

Reitora da Uern assume presidência da Abruem

Nesta quarta-feira (1), a reitora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), Cicilia Maia tomou posse na presidência da Associação Brasileira de Reitoras e Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem). Ela assume a entidade ao lado da reitora da Universidade de Taubaté (Unitau), vice-presidente, com a missão de fortalecer a associação, as universidades estaduais e municipais e a educação superior pública e de qualidade.

Em seu discurso, a reitora da Uern destacou a luta pela criação da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Universidades Estaduais e Municipais, uma luta antiga da Associação e um importante passo para o fortalecimento das instituições. Ela destacou ainda questões sobre autonomia, financiamento e saúde mental.

A Abruem está presente em todas as regiões do Brasil, sendo a entidade representativa das universidades estaduais e municipais, as instituições que historicamente foram responsáveis pela interiorização do ensino superior e da pós-graduação no país. A associação reúne 46 universidades, o que representa 21 dos 27 estados da federação, incluindo o Distrito Federal.

Cicília Maia é a segunda representante da Uern a assumir a presidência da Abruem. Antes dela, somente o reitor Walter Fonseca havia presidido a Abruem, há 20 anos. Ela substitui o reitor Odilon Máximo, da Universidade Estadual de Alagoas.

Por Alderi Dantas, 01/08/2024 às 23:20 - Fotos: André Leite / Unitau

31/07/2024

Academia Assuense de Letras é recebida pelo Conselho Estadual de Cultura

Nesta terça feira (30), a Academia Assuense de Letras (AAL) foi recebida por membros do Conselho Estadual de Cultura (CEC), na sede do Conselho, em Natal.

Representando a AAL estiveram presentes a presidente Auriceia Antunes de Lima e os confrades Francisco das Chagas Pinheiro, Fernando Caldas, Maria do Perpétuo  Socorro Wanderley, Raimundo Inácio da Silva Filho, Tállison Ferreira e Francisco Costa.

O presidente do Conselho Estadual de Cultura, Valério Mesquita, recepcionou o grupo com um tradicional chá da tarde. Em seguida, acadêmicos e conselheiros ocuparam o salão nobre onde foram tecidas considerações recíprocas.

Auriceia Antunes destacou a importância do encontro para o fortalecimento das ações de preservação da cultura potiguar, enquanto que Mesquita ressaltou o protagonismo da Academia Assuense de Letras nesse tipo de encontro no CEC.

No final do encontro, a presidente da instituição assuense presenteou o Conselho com uma tela do artista plástico e acadêmico Gilvan Lopes.

Por Alderi Dantas, 31/07/2024 às 00:03 - Fotos: Reprodução

30/07/2024

Governo do RN inicia etapa final de construção da Barragem Oiticica

O Governo do Estado iniciou a última etapa do projeto de construção da Barragem Oiticica, terceiro maior reservatório de água doce do Rio Grande do Norte. Projetado para garantir segurança hídrica ao Seridó, o vão possui 180 metros de largura e quase 15 metros de altura e garante o abastecimento de água para mais de 300 mil habitantes.

Parte integrante do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, popularmente conhecida como Transposição de Águas do São Francisco, o reservatório tem capacidade para acumular 598 milhões de metros cúbicos, ficando atrás apenas da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves (2,37 bilhões), construída no mesmo leito do Rio Piranhas-Açu, há 40 anos; e a Santa Cruz do Apodi (599,7 milhões m³).

Iniciadas desde 2013, as obras passaram por adequações não apenas técnicas e físicas, mas também de questões sociais ao longo do tempo. “Foi preciso fazer estrada de contorno que não existia, trazer energia elétrica que não existia, e fazer agrovilas que não existiam, entre outras coisas”, explica o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Paulo Varella.

Por isso o cuidado em nomear o projeto não somente como a construção de uma barragem, mas de um conjunto de obras chamado Complexo Oiticica, que inclui a barragem, os reassentamentos urbanos (Nova Barra de Santana) e rurais (Agrovilas), construção de estradas, eletrificação e demais obras complementares.

A comunidade Nova Barra de Santana e a primeira das agrovilas – a Raimundo Nonato – em Jucurutu, já foram entregues. As outras duas, Jardim de Piranhas e São Fernando, estão em fase de construção. “É um complexo hidrossocial, é assim que a gente tem tratado”, afirma Varella.

Ainda segundo o secretário, a governadora Fátima Bezerra buscou os recursos adicionais para implementar o que era necessário para a obra. O valor total do empreendimento é de mais de R$750 milhões, advindos de verba federal, com contrapartida do Governo do Estado.

Além da Barragem Oiticica, também estão em andamento o Ramal do Apodi, que vai levar água da transposição para o Oeste Potiguar, e o sistema adutor do Seridó.

Por Alderi Dantas, 30/07/2024 às 23:15 - Fotos: Reprodução/SecomRN

Urgente, prefeitura do Assu dar sinais de “aperreio” financeiro

Há um grande cheiro de fumaça no ar. E onde há fumaça, há fogo. E a fumaça está escapando nos últimos dias por várias fogueiras, algumas já em pleno processo de queima nos grupos de WhatsApp e outras nas casas dos assuenses. Mas, todas apontam para um único grande fogo: a gestão de Gustavo Soares e os sinais de “aperreio” financeiro na prefeitura do Assu.

Pois é, o prefeito Gustavo Soares que costumava jogar fogo na oposição com o discurso de que a sua gestão era uma das mais equilibradas financeiramente do Estado vive uma fase de pular fogueiras.

O fogo começou a subir quando o prefeito solicitou autorização da Câmara de Vereadores para tomar empréstimos financeiros, mas a primeira grande onda de fumaça veio ao público visivelmente no último mês de maio com o corte de parte das atrações artísticas anunciadas pelo próprio prefeito para a programação do São João 2024.

E de fogueira em fogueira, o ambiente tem ficado turvo a cada mês com a suspensão aos beneficiários do fornecimento dos produtos do Vale Cidadão por parte dos supermercados da cidade e as notícias que circulam é de que o fato se dar em razão de atraso no pagamento por parte da prefeitura.

Publicamente, o prefeito parece fazer ouvidos de mercador para tudo o que ocorre. Porém, a chama esclarecedora sobre os sinais de “aperreio” financeiro veio quando o prefeito decidiu jogar o fogo na porta dos cidadãos com o envio do IPTU 2024 antecipado. A prefeitura em uma situação que demonstra total desespero financeiro emitiu o IPTU 2024 com dois meses de antecedência quando comparado com o ano de 2023, obrigando o cidadão a pagar a taxa duas vezes em menos de um ano.

Por Alderi Dantas, 30/07/2024 às 14:19 - Fotos: Reprodução