10/05/2022

Inscrições para Enem 2022 começam nesta terça-feira, 10

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começam nesta terça-feira (10) e vão até o próximo dia 21. 

A taxa de inscrição para o Enem 2022, versões digital e impressa, é de R$ 85. A participação no exame será garantida apenas após a confirmação do pagamento da taxa.

O resultado dos recursos para isenção da taxa de inscrição já está disponível na Página do Participante. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ressalta que a aprovação dos pedidos não garante a inscrição no exame.

Portanto, os interessados em fazer o Enem 2022 que obtiveram a isenção da taxa devem se inscrever na Página do Participante, mas não precisam fazer o pagamento para confirmar a participação.

Provas

As provas serão realizadas nos dias 13 e 20 de novembro. O exame terá quatro provas objetivas e uma redação em língua portuguesa. Cada prova objetiva terá 45 questões de múltipla escolha.

No primeiro dia do exame, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e redação (língua portuguesa, literatura, língua estrangeira, artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação) e de ciências humanas e suas tecnologias (história, geografia, filosofia e sociologia).

No segundo dia do exame, serão aplicadas as provas de ciências da natureza (química, física e biologia) e matemática e suas tecnologias. 

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Por Alderi Dantas, 10/05/2022 às 05:53

08/05/2022

Juros subiu? Inflação disparou? Para governo, inimigo é a urna eletrônica.

Por Leonardo Sakamoto - Jornalista, cientista político, professor na PUC-SP, diretor da Repórter Brasil, colunista do UOL

Um aumento da taxa básica de juros, como o ocorrido quarta (4), funciona como um soco bem dado no fígado dos trabalhadores que adotam o cartão de crédito, o cheque especial e o crédito para negativados como boias de salvação quando o salário vai embora antes do mês acabar. Ou quando ele nem dá o ar da graça.

O Banco Central subiu a taxa de 11,75% para 12,75% por ano, a maior desde fevereiro de 2017. Claro que esses não são os números para os consumidores. Para nós, o céu é o limite.

A trabalhadora olha o mocinho bonito na TV dizendo que este é um ótimo momento para investir o excedente da remuneração em um bom fundo de renda fixa. E pensa que seria mais útil um mocinho que explicasse se é menos pior tirar de um cartão para cobrir outro, ir numa dessas casas de crédito que são agiotagem pura ou tentar de novo convencer os credores a renegociar porque você chegou ao fundo do poço.

Os juros são usados para tentar conter uma inflação que sequestrou boa parte do carrinho de supermercado nos últimos 12 meses, trocando a carne de primeira pela de segunda, a de segunda pelo frango, o frango pelo ovo e, agora, o ovo por vento. E vento cru, claro, porque o óleo de soja e o botijão de gás estão pela hora da morte.

Inflação que mordeu tanto o Auxílio Brasil de R$ 400 que, no caixa do mercado e na barraca da feira, ele parece bem menor.

O duro é que a inflação não apareceu em uma situação de pleno emprego em que os preços sobem porque a procura pelos produtos é alucinante, mas por questões que vão da escassez de matérias-primas no mercado internacional, passando pelo aumento no custo da energia elétrica e dos combustíveis por aqui até alta do preço do dólar - que costuma dar repique toda vez que o presidente insiste em de insinuar golpe de Estado.

Há questões que dependem de cenário externo e outras que poderiam ser contornadas pelo governo federal. Como a questão do preço do petróleo - que impacta no preço de tudo o que precisa ser transportado. Mas, para tanto, seria necessário ter um governo, que negociasse saídas com o Congresso Nacional. Mas o governo preferiu dar carta branca para o centrão torrar bilhões do orçamento a fim de garantir a reeleição de deputados, senadores e do presidente em outubro.

Se um marciano descesse em um disco voador nestes dias acharia que o maior inimigo do país não é a fome, o desemprego, o endividamento, mas uma caixinha de plástico branco, com uma pequena tela e teclas numéricas e um botão verde escrito "confirma". Porque toda a energia do governo é gasta para demonizar a caixinha, bem como as instituições que a protegem.

Além de servir como uma excelente cortina de fumaça para os problemas reais, os ataques à urna eletrônica, mas também ao Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal, vão corroendo a credibilidade das instituições e pavimentando o caminho de um golpe eleitoral, caso o presidente perca em outubro.

A situação da inflação deve melhorar um pouco na época das eleições. Com isso, Jair Bolsonaro vai adotar o discurso que essa melhora foi a prova de que ele venceu a inflação e que precisa de mais quatro anos para fazer o Brasil crescer.

Mas, se os aumentos estarão mais contidos, os preços em si permanecerão em um patamar tão alto que fica imprevisível quantas pessoas vão cair no caô presidencial, esquecer o inferno pelo qual passaram e votar nele.
 
Quantos milhões carregarão dívidas para a cabine de votação? Dívidas que, até as eleições, terão se transformado em monstros, lembrando que o presidente é corresponsável pelo pesadelo.

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Postado em 8/05/2022 às 19:00

05/05/2022

TSE: mais de 2 milhões de jovens entre 16 e 18 anos tiraram o título de janeiro a abril

Após o fim do prazo de emissão, transferência e regularização do titilo de eleitor, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) celebrou, nesta quinta-feira (05), os mais de 2 milhões de jovens entre 16 e 18 anos que tiraram o documento pela primeira vez. O anúncio foi feito pelo presidente da Corte, o ministro Edson Fachin, na abertura da sessão da manhã.

“Entre janeiro e abril deste ano, o país ganhou 2.042.817 novos eleitores entre 16 e 18 anos, que, no dia 2 de outubro, estarão aptos para exercerem o nobre e digno direito do voto”, destacou o magistrado.

O número representa um aumento de 47,2%, em relação ao mesmo período em 2018, e de 57,4%, em relação aos quatro primeiros meses do ano em 2014. Segundo o TSE, as ações realizadas durante a chamada “Semana do Jovem Eleitor”, entre os dias 14 e 18 de março, refletiram-se nos números positivos.

Para Fachin, a resposta da juventude brasileira sobre o pleito de outubro foi “impressionante”. Somente em abril, quase 1 milhão de jovens emitiram o título pela primeira vez, um salto de 89,7% em relação a março.

Iniciativa pioneira

A Semana do Jovem Eleitor de 2022, promovida pelo TSE e por todos os 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), objetivou atrair o público de 15 a 18 anos. A iniciativa foi criada em 2015 e pretende aumentar o número de brasileiros que contribuem para a escolha dos representantes políticos do país.

Uma resolução do TSE permitiu a emissão do título a adolescentes de 15 anos, apesar de o voto ser um direito somente para quem tem a partir de16 anos completos até o dia do primeiro turno das eleições.

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Por Alderi Dantas, 5/05/2022 às 14:28 - Imagem: arquivo TSE

03/05/2022

PSOL oficializa apoio à pré-candidatura de Lula à Presidência da República

Em conferência eleitoral realizada sábado (30), o Diretório Nacional do PSOL aprovou o apoio à pré-candidatura de Lula (PT) para a Presidência da República. A reunião também definiu o programa político que será defendido pelo PSOL nas eleições de 2022.

“A união em torno da candidatura de Lula é sem dúvida a melhor tática para derrotar Bolsonaro. Estamos felizes e esperançosos com essa decisão. Na semana que vem já iniciaremos as conversas para participar do conselho político da campanha e da coordenação do programa de governo”, afirma Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL.

Segundo o dirigente, o foco do partido será construir uma campanha comprometida com um programa  capaz de superar a crise gerada pelas políticas neoliberais aprofundadas nos últimos anos.

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Por Alderi Dantas, 3/05/2022 às 05:26

02/05/2022

Governo Bolsonaro: Inflação explode e volta ao nível de 1990

A inflação voltou a explodir no mês de abril com alta de 1,73% nos preços, a maior dos últimos 27 anos. É o segundo mês seguido que o índice de preços retorna aos patamares dos anos 1990.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o maior impacto nos preços seguem vindo do setor de transportes, que acumula alta nos combustíveis devido à política de paridade internacional mantida por Bolsonaro.

A gasolina teve alta de 7,51%, o óleo diesel subiu 13,11%, etanol 6,60% e gás veicular 2,28%. O gás de botijão, é responsável pelo maior impacto com o reajuste de 16,06%.

Alimentação e bebidas acumulou alta de 2,25%, contribuindo com cerca de 70% do índice de preços em abril.

A moradia chegou a aumentar 1,73% piorando ainda mais o custo de vida e tirando o sossego das famílias brasileiras.

O titular do blog perguntou para um partidário do bolsonarismo como comer três vezes ao dia, ver as crianças na escola e ter saúde e moradia de qualidade com tudo caro, ele respondeu que tudo é culpa da China que "inventou o vírus".

Tá na cara que a questão não é resolver mais. É tumultuar até a eleição.

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Por Alderi Dantas, 2/05/2022 às 15:44 

01/05/2022

Uma escolha fácil

Por Martha Medeiros - Escritora e cronista

Não entendo quando dizem que a próxima eleição será difícil. Mais fácil, impossível. Armas versus livros. Culto à alienação versus incentivo ao conhecimento. Facilitações exclusivas para militares e evangélicos versus uma política social que atenda a todas as pessoas, de qualquer credo, cor e gênero, de esquerda ou direita. Isolamento do resto do mundo versus respeito internacional. Discurso vazio versus diálogo. Fascismo versus democracia. Desgoverno versus governo. Qual a dificuldade de escolher?

A dificuldade chama-se Lula, dirão os que ainda usam o líder petista como desculpa por terem votado num oficial que foi expulso do exército por terrorismo e cujo ídolo é um torturador. Alegam ter sido “obrigados” a colocar o país nas mãos de um homem sem projeto, a fim de se livrarem da corrupção — beleza, agora ninguém investiga mais nada. Tiveram que “tapar o nariz” e votar em alguém que nunca debateu uma ideia, em vez de elegerem, mesmo a contragosto, um professor com experiência em gestão pública. Entregaram nosso futuro de mão beijada para um homem que veio do submundo da política, com seu papinho retrô de moralização dos costumes e que usa Deus como cabo eleitoral para manipular a boa-fé de cidadãos mal-informados — e os mantém mal-informados através da indústria das fake News, a única coisa que progrediu nos últimos quatro anos.

Já alguns bem-informados, que sabiam direitinho o que o PT havia feito pelos mais pobres, também vieram com essa conversa mole de “desencanto”, a fim de disfarçarem sua identificação com o capitão machista. Deu nisso. Agora somos o país dos milicianos no poder, dos ministérios conduzidos (em sua maioria) por medíocres, da turma desmiolada que despreza a ciência, dos irresponsáveis que foram contra máscara e vacina em plena pandemia. Sério mesmo que temos uma escolha difícil a fazer em outubro?

Corrigir nosso erro histórico não nos conduzirá direto ao paraíso. Seja quem for o candidato ou candidata que conseguir interromper esse período grosseiro do Brasil, haverá de ser cobrado desde o dia que assumir. Um presidente da República tem obrigações e, quando falha, apanha da opinião pública, como todos já apanharam, é o ônus do ofício. Somos 200 milhões de patrões avaliando a conduta de um funcionário que pleiteia o emprego mais importante do país e que promete um plano eficiente de gerenciamento. Se não cumprir, fora.

A besteira que fizemos em 2018 está custando caro, econômica e moralmente. De que adianta sermos bons cristãos, se hoje estamos alinhados aos tiranos do mundo? A escolha é fácil: voltemos aos governos que nos desiludem, como todos desiludem em algum ponto, mas que não colocam a democracia em risco, nem usam nossa fé contra nós mesmos.

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Postado em 1/05/2022 às 21:00