11/11/2020

O que o Assu esperava de Gustavo Soares?

Se não estou enganado, em primeiro lugar, o que o Assu mais esperava de Gustavo Soares era que ele tivesse vestido o espírito de prefeito. O Assu esperava também que ele não tivesse traído seus compromissos, ou seja, que tivesse cumprido com suas propostas e virado um eficiente operador de ações administrativas em vez de ficar no “retrovisor” apenas fazendo leitura de diagnósticos do passado e “vomitando” justificativas. Afinal, não fosse os TACs (Termo de Ajustamento de Conduta) propostos pelos Ministérios Públicos como estaria a situação da UPA (AQUI) e do Lixão (AQUI).

Assim, senhor prefeito, mesmo sendo um “Zé Ninguém” (apelido que ganhei esses dias por alguns “Zé Ninguém de Verdade” que acompanham vossa excelência) vejo que faltou-lhe pequenas lições, uma delas alinhada as palavras de Lincoln: “podeis ludibriar uma parte do povo durante o tempo todo, ou o povo durante algum tempo; mas não podereis ludibriar o povo durante o tempo todo”.

Em abril de 2017, o senhor recebeu algumas sugestões em texto neste blog. Em primeiro lugar, que tivesse espírito de estadista, acreditasse que das suas ações dependeria o Assu de hoje. Não deixasse a estrutura da prefeitura usar do sofrimento e da pobreza das pessoas para manter o ciclo vicioso da miséria eleitoral. Pois, era isso que estava acontecendo nos primeiros quatro meses da sua gestão. A população não aguentaria ficar mendigando pedidos de atendimento médico, recebimento de remédios, entre outros casos.

Outra vertente, tratava de lembrá-lo que tinha sido eleito o representante do povo do Assu, muito bem pagos por sinal, e que trabalhasse para em função do bem comum é de todos os assuenses. Desta forma, o senhor deixaria o vosso nome para a história, não de forma negativa, mas como um dos gestores que colocaram o município na rota certa.

O texto também foi transparente no sentimento de que a forma de se fazer política com apadrinhamento, inchaço da máquina pública, toma lá dá cá, agradinhos, escolher as pessoas erradas para ocuparem cargos estratégicos, estava esgotada e não deveria mais fazer parte da prefeitura do Assu. Se continuasse a seguir esta fórmula, estivesse certo de que caminharia inevitavelmente para o fracasso.

Mas, temos um ditado popular que diz que “de boas intenções o inferno está cheio”, creio que foi assim que soaram as sugestões. Porém, hoje não sou eu que estou à procura de uma bússola.

Próximo domingo, 15 de novembro, é o grande dia. Em Assu, 42.162 eleitores estão aptos a direcionar pelo voto direto e secreto o rumo a ser dado ao município. E, certamente, esperamos que eles saibam para onde quer que seu voto vá. Afinal, a sua decisão diz muito sobre os rumos que o Assu tomará.

Por Alderi Dantas, 11/11/2020 às 16:01

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