29/06/2017

O adeus aos 180 dias. E agora, Doutor?

A descida das bandeiras do São João verde-vermelho do Assu soa não apenas como final das festividades juninas, mas também como sinal de final de um tempo. Muito além dos dias de peregrinação da imagem de São João Batista. Muito além dos dias do festival de quadrilhas estilizadas e matutas. Muito além dos dias de novenas com a igreja lotada de fiéis. O tempo final, de que tratamos, como se aduz na chamada inicial, se deve ao tempo pedido pelo doutor eleito prefeito, Gustavo Soares.

Como acreditar que em pleno ano 2017 d. C. (depois de Cristo), o Assu teve um prefeito eleito e, entre os primeiros atos após a posse, foi pedir para congelar o tempo por 180 dias ou, na verdade, aproximadamente meio ano para... mistério. Pois é, o intuito até hoje estamos sem saber.

Mesmo assim, o tempo acabou, e, afinal, qual foi a nova ordem gerada para os próximos três anos e meio? Qual a agenda administrativa foi produzida ao longo dos 180 dias para, agora, ser apresentada a plateia que teve de esperar diante da falta do médico, do exame e do remédio ou da falta do professor, do auxiliar e do transporte escolar? E finalmente, quais as perspectivas para tapar os enormes buracos no papel do município nos direitos da cidadania e no desenvolvimento social e econômico?

É evidente que, apesar da sinalização de perspectivas nada animadoras no atendimento as perguntas relacionadas acima e as demandas das ruas, a lógica aponta no horizonte o sinal de que, passados os 180 dias, a população do Assu aguarda que se inaugure um novo ciclo na administração municipal.

É hora de esquecer o verde vermelho dos palanques, da mídia oficial e das bandeirinhas do São João. A população quer preto no branco. Inventar mecanismos para engordar as desculpas e os malfeitos processos seletivos simplificados não podem ser os principais e os maiores feitos de uma gestão.

Por último, a dúvida: os programas Escola Melhor, Remédio em Casa, Aluno Universitário, Centro de Especialidades Médicas, Centro de Controle de Zoonoses, Cultura na Praça, Praça Livre (Wi-fi), Guarda Municipal, entre outros compromissos e propostas que introduziram na mente e nos corações do cidadão, na ânsia de ganharem o jogo eleitoral de 2016, vão andar ou permanecerão como uma coletânea de promessas no estilo "me engana que eu gosto" da campanha eleitoral?

E agora, Doutor? As respostas continuarão perguntas ou muito pelo contrário?

Por Alderi Dantas, 29/06/2017 às 15:40 - - Foto: Arquivo

1 Comentários:

  1. Estou eu aguardando na praça um sinal , de um Wi-Fi prometido nos palanques , só que não , não gosto de promessas gosto de ações , eu estou só aguardando o pior acontecer na rua dr Luiz Carlos com aquela peneira na pista, o melhor a ser feito é trabalho e trabalho ,pois é o que não falta , ainda bem que não votei errado

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