13/10/2013

# Dica da SEMANA

Saiba como livrar-se das dívidas

Por Dirlene Costa - Diretora de Recuperação de Crédito da TeleCheque

O crédito é fantástico para a economia do país, para antecipar sonhos e desejos, para dar mais estrutura e conforto para as pessoas e famílias. Além disso, é uma poderosa ferramenta de aumento de vendas e de fidelização de clientes. Todos são beneficiados pelo crédito.

O que acontece é que crédito mal concedido ou utilizado sem planejamento tem levado ao alto endividamento das famílias brasileiras. A população tem o hábito de analisar o valor da parcela, mas não de registrar cada compra e parcela e somar o montante, avaliando no final se terá condições de pagar. Aliás, a maioria das pessoas não analisa o quanto tem de despesas fixas e o que sobra para comprar a crédito.

Antigamente, o desemprego era o maior motivo da inadimplência, mas atualmente é o descontrole financeiro. E o foco para trabalhar esta questão está na educação e no comportamento financeiro. Se ainda tem pouca informação sobre como “navegar” neste mundo do crédito, é preciso que você tome alguns cuidados, lembrando que o endividamento reflete na maneira como você se comporta e nos outros aspectos da sua vida. As finanças refletem diretamente na sua qualidade de vida.

Algumas dicas para construir uma realidade financeira mais positiva:

- Não contrate nenhuma outra dívida até quitar todas as existentes. Salvo se for trocar uma dívida mais cara por uma mais barata (com juros menores).

- No caso de trocar uma dívida por outra, é muito importante verificar com o gerente do seu banco um financiamento com juros bem menores que os das dívidas atuais (pesquise as taxas de juros antes de fechar), faça um pacote. Desta forma, além de reduzir o valor da dívida, você fica com uma sensação mais positiva, pois vai ter apenas um débito para gerenciar. Cuidado neste momento, com as taxas, seguros que estão por trás deste tipo de financiamento. Peça um detalhamento de tudo o que deve pagar.

- No mínimo, procure todos os seus credores. A pessoa endividada fica com medo de procurar e acaba se assustando com o tamanho da dívida. Mas é preciso encarar a realidade. Procure saber o valor atual, formas de parcelamentos e descontos. Negocie!

- Neste momento, a mudança de comportamento precisa ser total. Converse com sua família, pessoas com quem vive ou são seus dependentes. Fale que, deste ponto em diante, precisam ter uma nova atitude com relação ao dinheiro para obter tranquilidade no futuro. Compre apenas o necessário. A pergunta que não pode calar e deve ficar anotada em todo lugar, inclusive na carteira é: “Eu preciso disso?”.

- Outras questões: “Se eu comprar isso, o que vai agregar de valor na minha vida e da minha família?”. “Quais os benefícios a minha vida vai ter em comprar isso?” “Eu posso pagar por isso no longo prazo?”, “E se algo acontecer fora do meu planejamento, é possível pagar isso?”. Quando fazemos perguntas para nós mesmos, começamos a perceber a realidade e passamos a trabalhar de forma mais racional e menos emocional no momento do consumo.

- Troque emoções negativas por comportamentos positivos. Muitas vezes compramos sem necessidade, apenas para “anestesiar” os desconfortos. Aprenda a lidar com o estado emocional negativo, fazendo coisas que te deixam mais feliz, como uma caminhada, ler um livro, conversar com alguém de que gosta, ver um filme, etc. As emoções refletem diretamente na relação com o dinheiro e o nível de endividamento.

E por fim, cuide de você, do seu dinheiro e do seu crédito, eles são seus patrimônios. É possível realizar sonhos e objetivos, com planejamento e sem se endividar. Basta aplicar alguns passos básicos e cuidar da forma como pensa e sente em relação ao dinheiro e ao consumo.


Postado em 13/10/2013 às 07:00

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