Depois de mais de quatro horas de embates, a Câmara dos Deputados adiou nesta quarta-feira (23) a votação do projeto de lei que estabelece piso salarial para agentes comunitários de saúde. O Plenário chegou a aprovar, por 268 votos, a urgência do projeto, mas a base aliada conseguiu obstruir a votação e esvaziar a sessão.
Agentes de saúde lotaram as galerias da Câmara diante da promessa de que tanto a urgência quanto o mérito seriam votados. No entanto, o PT liderou a oposição dizendo que a União não pode arcar com os custos trabalhistas do piso, sem dividir a responsabilidade com estados e municípios. O partido foi apoiado pelo PMDB, segunda maior bancada da Câmara, e conseguiu derrubar a sessão por falta de quórum.
Pela proposta, o piso salarial seria de R$ 950 em 2014, R$ 1.012 em 2014 e reajustes conforme a inflação a partir de 2015. No final da votação do projeto apontava-se para um ganho de tempo para negociar uma proposta em que o custo do aumento salarial dos agentes seja repartido com os estados ou com os municípios.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, propôs a votação do projeto no dia 5 de novembro, mas os líderes não fecharam acordo.
Por Alderi Dantas, 24/10/2013 às 01:09
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